Categories
25 a 39 anos Branca Mulher Cis Paraná Pós-Graduação Completa

Até logo, voluntários

Meu nome é Valéria Azevedo e coordeno o Serviço Social e Voluntariado do Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns, em Curitiba. Nossa história com o Nariz Solidário começou em 2017, quando um jovem cheio de empatia, sonhos e ideais, procurou pelo Voluntariado do Hospital.

Chamou-me a atenção a maneira de se colocar no lugar do outro, desenvolver estratégias com responsabilidade e profissionalismo, através da figura do palhaço caracterizado de época – diferenciais observados quando acompanhamos a atuação dos voluntários do Nariz Solidário.

Sempre desenvolvendo o trabalho através da arte, chegando aos pacientes, familiares e equipe de uma forma muito lúdica, leve e harmoniosa. Levando a uma reflexão de que o vivido no passado e no hoje serão, amanhã, frutos para um futuro cheio de aprendizado.

Os voluntários voltam virtualmente

foram afastados de suas atividades, aquela presença que nos fazia esquecer por alguns instantes da doença, da dor e do sofrimento, agora estava tão distante, sem previsão de retorno.

Foi então que eles se reinventaram, inovaram e chegaram até nós de uma forma que não colocou ninguém em risco.

Produziram uma série de vídeos, disponibilizados semanalmente, com conteúdos que apresentavam a figura do palhaço através de reflexões importantes sobre cuidado, como por exemplo: consciência e, acima de tudo, esperança – esperança de que isso tudo vai passar.

Esperança renovada

No dia 20 de outubro, essa esperança foi renovada, pois pudemos ter a presença da ONG Nariz Solidário seus voluntários, em uma participação especial no evento de implantação do protocolo de gerenciamento da dor, em que ela foi incluída como o quinto sinal vital a ser avaliado pela enfermagem.

Valéria de braços dados com os voluntários do Nariz Solidário

Após a coleta, o dado é lançado no prontuário do paciente e passa a ser monitorado por toda equipe médica.

Ao final do evento, foram apresentadas técnicas que tratam a dor sem medicamentos.

Para nós, da ONG Nariz Solidário, que trazemos com alegria aos hospitais a figura do palhaço.

Com o objetivo de contribuir com estratégias que remetam o idoso a memórias afetivas e agradáveis.

Essa estratégia tem por objetivo desconectar o paciente, por alguns instantes, do processo de adoecimento, que gera dor e sofrimento.

Quando eles chegam, tudo muda

A gente fala muito das transformações que vimos nos pacientes, mas posso registrar os impactos no meu próprio trabalho.

Em muitos momentos em que eu precisei ser ouvida, desabafar, ou até mesmo rir de algumas piadas sem sentido, partida ou destino.


Relato produzido pela Associação Nariz Solidário para o 2º Edital de Fomento da Memória Popular da Pandemia

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *