Categories
40 a 59 anos Ceará Ensino Fundamental Incompleto Mulher Cis Parda

“Surgiu um convite para a cozinha comunitária. Aceitei na hora. Queria ajudar e fazer parte de algo”

Acompanhei o início da pandemia pela televisão e via a preocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em achar maneiras de ajudar as famílias próximas. Nós aqui de casa – a qual conquistei na luta do movimento – recebemos ajuda com cestas básicas e máscaras.  

A princípio, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto montou uma cozinha comunitária. Logo, surgiu um convite para que eu fosse ajudar na cozinha. Aceitei na hora, pois queria ajudar e fazer parte de algo.

Foto de duas mulheres cozinhando com uma panela de pressão acomapnha relato da Memória Popular da Pandemia, que mostra como ajudar na cozinha comunitária do MTST trouxe a esperança de dias melhores à Maria Antônia.

Ajudar na cozinha comunitária foi um misto de sentimentos: me senti útil e feliz ao ver várias e várias pessoas comendo o que eu mesma preparei junto a algumas companheiras.  

A pandemia é grave, ela pode até matar. Mas o movimento faz com que tenhamos esperança no amanhã.

Sou dona de casa e há cinco anos tive meu primeiro contato com o MTST. Minha filha é militante do movimento e agradeço demais por tudo o que o movimento acrescentou em nossas vidas.  

Leia também:

“As atividades do MTST nos territórios ficaram mais intensas” – Maria Eduarda Rodrigues | Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – Pacatuba, PE

“Deixa quem quiser chamar de assistencialismo. Eu digo que é uma emergência, fome tem pressa” – Vânia Rosa | Presidente do Coletivo Rua Solidária – São João de Meriti, RJ

Categories
18 a 24 anos Ceará Ensino Médio Completo Mulher Cis Prta

“As atividades do MTST nos territórios ficaram mais intensas”

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) sempre atuou nos territórios com diversas ações, fossem elas solidárias ou culturais. Em função da pandemia, essas atividades ficaram mais intensas.

Iniciamos uma vakinha online para que conseguíssemos comprar cestas básicas e produtos de higiene. Contamos também com doações de produtos, fabricamos e distribuímos máscaras, organizamos uma cozinha comunitária e realizamos sarais virtuais.  

Eu sempre fui uma militante ativa: participava de todas as atividades e, na pandemia, também não fiquei parada. Então, participei de todas as atividades, entreguei cesta básica e produtos de higiene, distribuí máscaras, organizei e apresentei quase todos os sarais.  

Antes de mais nada, fazer a distribuição de coisas tão básicas era como levar alegria para aquelas famílias.

Foto enviada por Maria Eduarda Rodrigues, em que aparecem duas pessoas com uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. A foto acompanha relato da Memória Popular da Pandemia sobre as atividades do MTST na como a distribuição de máscaras e cestas.

Não podíamos nos abraçar por conta da pandemia, mas nós comunicávamos através de olhares, sorrisos escondidos pelas máscaras e um “MUITO OBRIGADA!”.

É uma certeza de que não podíamos nos tocar e muito menos nos ver fisicamente, mas esses agradecimentos já enchiam o coração de esperança.  

Em conclusão, a pandemia trouxe o agravamento da falta de coisas que já tinham antes, como a falta da política pública na saúde e na habitação. Mas nada disso nos desanimou, pelo contrário, só nós deu mais motivos pra lutar. 

Leia também:

“Surgiu um convite para a cozinha comunitária. Aceitei na hora. Queria ajudar e fazer parte de algo” – Maria Antonia Rodrigues | Dona de casa – Pacatuba (PE)

“Me aproximei oferecendo o celular pra fazer o pedido do auxilio emergencial do governo” – Luciana Paiva Coronel | Professora – Porto Alegre, RS

“Deixa quem quiser chamar de assistencialismo. Eu digo que é uma emergência, fome tem pressa” – Vânia Rosa | Presidente do Coletivo Rua Solidária – São João de Meriti, RJ