“Acendia a vela e fazia meus pedidos, que eram aceitos”

Memória de Glória Malaquias

Benzedeira - Rebouças, PR
E

E estava com medo desse problema da pandemia mas aqui não recebia ninguém. Curava criança de longe, costurava gente de longe, me dava um nome eu costurava fazia cura em criança pegava o nome e fazia meus pedido de longe, tudo a gente faz com fé né e as pessoa tem muita fé em mim e daí, daí fui levando a vida que, daí a gente  com medo dessa doença.

Agora graças a Deus tá, tá calmo, agora eu curo, tô curando criança  na cera aos pouquinho. Ponhava  a cera para derreter e ponhava o nome da criança embaixo e a parte em cima, derramava cera ali já… Daí, o nego ligava pras pessoa é da coisa, é bicho e a  mãe já curou e era bom. Todos os pedidos que eu fazia certo tinham fé também né.

Pedido e cura

Eu não, não vou recorrer porque não é por minha causa é que é a da saúde né? Disseram que não era pra mim receber gente de longe, é pra fazer o pedido e curar a criança e costurar a gente. Aqui bem quietinha então acendia a vela, que a Santa tá ali ne? Acendia a vela e fazia meus pedidos e era aceito. O nego, o nego pôs uma na frente lá. A mãe não está atendendo mais. E daí para baixo. Daí a máquina veio fazer, limpando um lote ali pro lado descendo a direita, né? Arrancaram minha placa dali. Eu disse: Que eu vou por outra! E daí ela tentava ali na frente de mim e depois ali daí eu disse agora a senhora mesmo diz, eu não estou atendendo! 

Gente de longe né só fazendo os pedidos aqui entre só eu e Deus né? E daí eles compreenderam que não, não posso, mas hoje ainda por outra colei dois na sexta mas já era só a as mãe com as criança né? Daqui ser conhecida a gente faz na boa fé .Peço pra Nossa Senhora da Conceição. Cada deitar eu vou lá na nas santas lá, tem quatro lá. Eu vou pedir pra saúde.

Relato de Dona Glória Malaquias, produzido pelo Instituto de Educadores Populares para o 2º Edital de Fomento da Memória Popular da Pandemia

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